Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa - ISCTE
Secção Autónoma de Direito
Mestrado "Novas Fronteiras do Direito"
Actualizado em Outubro de 2005
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Novas Fronteiras do Direito
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ISCTE, 10 de Outubro de 2005
          Os Novos Territórios do Direito 
          Globalização, Europeização e transformação da regulação jurídica


Sumário da intervenção de Patrícia Galvão Teles   [voltar ao programa do colóquio]

    «A Globalização e as Novas Fronteiras do Direito Internacional»


A globalização, entendida num sentido lato como um processo económico, político, social e cultural, marcou as últimas três décadas do século XX e o início do século XXI. A globalização veio acentuar que hoje, mais do que nunca, vivemos num mundo global e interdependente e que nenhum Estado pode estar isolado.

Que impacto teve ou tem a globalização no direito internacional? Se é certo que a ordem jurídica internacional é ainda hoje baseada no conceito fundamental da soberania dos Estados, estes deixaram de poder ser vistos como bolas de bilhar sólidas e que se limitam a chocar entre si.

Na época da globalização, o direito internacional mostra sinais de transição. Um dos mais evidentes sinais poderá ser o apagamento do tradicional paradigma da soberania estatal, que se manifesta de variadas formas como, por exemplo, com o aparecimento e afirmação de outros actores ou sujeitos de direito internacional (organizações internacionais, indivíduo, etc.) ou de novos conceitos como o património comum da humanidade ou a jurisdição penal internacional.

A afirmação do lugar central da protecção dos direitos humanos no ordenamento jurídico internacional e a correspondente erosão do tradicional domínio reservado dos Estados poderá talvez ser considerado como uma das maiores alterações do direito internacional no período pós-1945. O “mundo das soberanias” caminha para um “mundo das pessoas”, esbatendo-se as tradicionais fronteiras políticas e consolidando-se novos conceitos como a “responsabilidade de proteger” as pessoas das violações mais graves de direitos humanos, uma responsabilidade que recai sobre todos os Estados e sobre a comunidade internacional.


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